Dança

Real conexão na dança

Corpos que se entrelaçam, dançam aos som da música, no ritmo das batidas e no desenho das melodias no salão

A francesa Orrely do Santos nasceu em Paris e hoje trabalha aqui no Brasil. Aos poucos foi se aventurando nas noites paulistanas, mas longe das baladas agitadas, procurou algo mais tranquilo, algo mais regional e foi no Forró do Canto da Ema que se encantou com o ritmo. “No começo foi bem difícil, na França não temos esse costume de abraçar, então para dançar eu me sentia constrangida e aos poucos fui me soltando. Hoje, confesso que quando não danço, sinto falta do abraço. É algo sensacional”. Naqueles minutos em que os pares se dedicam a dança, uma nova linguagem começa a se fazer, a linguagem dos corpos. E isso é as vezes imprevisível, nem todos conseguem um conexão verdadeira. Para o professor de dança Henrique Nasch, para quem sabe dançar, é mais fácil, mas muitas vezes a dança é apenas movimentos calculados e expressos sem muito sentimentos, mas quando existe a química entre os corpos, a música parece que ganha novas cores e a linguagem entre os corpos enriquece e rapidamente o cérebro passa a produzir os hormônios da felicidade. “Isso é algo espetacular, muitas vezes, o que acontece na pista fica na pista. Um casal com total sintonia na dança, coladinhos, parecem apaixonados, mas muitas vezes ao terminar a dança agradecem e cada um vai para o seu canto. A mágica acontece ali. E isso é para muitos, a verdadeira razão de frequentar o Forró. Não existe o compromisso com o outro, aqueles minutos na pista de dança podem ser muito quente, mas necessariamente não é preciso levar adiante depois da música, da dança. Essa é a magia do Forró e é por isso que muitos amam esse ritmo. “É um lugar para se desestressar, para recarregar as energias para enfrentar o dia seguinte, ou mesmo, um lugar para você fazer verdadeiros amigos, porque se o assunto for as qualidades do Forró, assunto não falta. Todo mundo ali tem uma história com o ritmo.

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