Os 4 hormônios da Felicidade no Forró

Mesmo trabalhando intensamente, você pode reservar algumas horas para ser feliz. Veja como ativar os quatros hormônios da felicidade dançando.

Quais são seus objetivos mais importantes na vida? Um estudo da Harvard, apresentado pelo psiquiatra, psicanalista e professor da Harvard Medical School Robert Waldinger aponta que 80% das pessoas da Geração Y tinham como objetivo ficar rico e outros 50% ficar famoso.

O estudo acompanhou 724 homens e seus mais de 2000 filhos desde 1938 e mostra que a fama e o dinheiro não estão diretamente ligados à felicidade e ao bem estar. A conclusão foi que bons relacionamentos nos mantém mais felizes e saudáveis, não a fama e fortuna. “As pessoas deveriam buscar melhorar a qualidade dos seus relacionamentos.

Você pode estar rodeado de gente, ou mesmo casado, mas se está em constante conflito, ao lado de gente falsa, esses relacionamentos podem se tornar tóxicos. Bons relacionamentos significa buscar a qualidade nas relações, onde a generosidade, a amizade e o amor estão presentes”, diz Waldinger. Já o professor Luiz Gaziri, autor do livro “A Ciência da Felicidade”, acrescenta que muitos milionários são mais infelizes do que pessoas da classe média. Ser rico ou famoso pode trazer tanto a felicidade como trazer a infelicidade. Nem sempre as pessoas que estão ao seu redor são confiáveis e sem segundas intenções quando você é rico.

Reserve um tempo para o lazer

E se você tiver que investir seu tempo na sua felicidade e no seu bem estar, em que você dedicaria seu tempo e energia? Para alcançar a fama ou a fortuna, para alguns o trabalho constante é o único caminho onde a dedicação total, com horas exaustiva de estudo e trabalho, estresse constante e um ambiente onde além da competição, você tem que conviver num ambiente que também existem a traição, o assédio moral e outras coisas que acabam deixando as pessoas ansiosas, agressivas e depressivas. Geralmente quando o indivíduo chega onde quer, sua saciedade não para e ele vai querer sempre mais e mais. Isto é felicidade? Você foi feliz ao longo da vida? Quanto tempo dedicado aos amigos e familiares foram renegados? Quantas viagens de lazer foram adiadas? Quantas festas e reuniões com amigos você deixou de ir por dedicação exclusiva ao trabalho? Esta não é uma decisão onde você tem 100% de controle, mas talvez seja preciso cada um buscar um equilíbrio nas escolhas dos seus objetivos e atividades do dia a dia.

Mova sei corpo. Cure sua mente

A pandemia fez pessoas do mundo inteiro ficarem confinadas em suas casas. O lado bom, foi a introdução do home office, que veio para ficar e aliviou um pouco o estresse do trabalho. Mas a pandemia aumentou a ansiedade e a depressão nas pessoas. E o que fazer para aliviar esse estresse ou sair do estado depressivo que muitas pessoas se encontram? Não existe apenas uma fórmula, mas para a cientista Jennifer Heisz, autora do livro “Move your body, Heal the Mind”, (Mova seu corpo, cure sua mente, em tradução livre) a atividade física é um caminho para você sair de um estado depressivo. O estresse crônico causa uma inflamação no corpo, que causa também uma inflamação no cérebro que pode levar a sintomas de depressão e ansiedade. Muitos irão recorrer aos antidepressivos, mas 30% das pessoas não respondem a esses medicamentos e o exercício físico é a forma correta de eliminar essa inflamação, de aumentar a produção de dopamina, um neuroquímico recompensador. O exercício físico pode aumentar em até 130 vezes a quantidade de dopamina no cérebro, mas drogas como a metanfetamina podem aumentar em até 1100 vezes em comparação com o exercício, inundando o cérebro e esse é o barato das drogas. Mas quando isso acontece o cérebro, para manter um equilíbrio, bloqueia o sistema de recompensa afastando os receptores e isto significa que você não terá mais aquele prazer que teve da primeira vez que usou a droga. Isto faz o indivíduo usar mais e mais. A atividade física é a forma mais saudável de você estimular o corpo a produzir a quantidade de dopamina ideal para aliviar o estresse e se manter saudável, mentalmente e fisicamente. Agora, que tal adicionar, naturalmente, além da dopamina, de uma vez só, os 4 hormônios da felicidade juntos? Como? Dançando Forró.

Os 4 hormônios da felicidade no Forró

Os quatro hormônios da felicidade no Forró. Endorfina, serotonina, dopamina e ocitocina. Sabemos que atividade física aumenta a endorfina, serotonina e dopamina no corpo, hormônios produzidos naturalmente quando se faz atividade física e, quando liberado no sangue, a endorfina estimula o bom humor, a sensação de prazer, felicidade e bem estar. Já a serotonina, produzida no intestino, tem na alimentação saudável e na atividade física os indutores da sua produção. Ela atua regulando o humor, a ansiedade, ajuda na qualidade do sono, apetite, funções cognitivas e ritmo cardíaco. Mas dançar Forró vai além da atividade física. Ouvir música, segundo pesquisas, é uma maneira divertida de aumentar a dopamina no cérebro. E ouvir música dançando torna a atividade ainda mais prazerosa. A dopamina também pode ser obtida com o consumo de proteína, probióticos e a prática de yoga. Ela é um neurotransmissor mensageiro nas várias funções do nosso corpo que são controlados por sinais elétricos e químicos que compõem o sistema nervoso central. Quando a dopamina é liberada em grandes quantidades, aumenta os sentimentos de prazer e recompensa e quando os níveis estão baixos, sua deficiência está relacionada a algumas doenças como Parkinson, anedonia (perda da satisfação e interesse em realizar atividades que antes eram consideradas prazerosas), além do declínio da capacidade cognitiva.

O ato de dançar com um parceiro, o contato físico, o abraço na dança é uma das formas de obter a ocitocina, também conhecido como o “hormônio do amor”, por ser o responsável pelo aumento do prazer sexual, além de outros benefícios como a melhora das habilidades sociais, afasta o desejo de uso de drogas, alivia o estresse, induz o sono, promove a generosidade e, nas mulheres, facilita o parto normal e ajuda na amamentação.

Nas outras baladas não se dança a dois

Para Luana Margiha, que atua em relações exteriores e frequenta pelo menos uma vez por semana uma casa tradicional de forró na cidade de São Paulo, os frequentadores mais assíduos da casa tem um semblante mais feliz em comparação aos frequentadores de outras baladas. São pessoas que toda sexta e sábados estão no salão. Eles passam no mínimo 4 horas por noite. São aproximadamente 32 horas semanais e mais de 380 horas anuais. Será esse um caminho para a felicidade? Diferentes de outras baladas, no Forró você dança com o parceiro e isso não acontece em outros lugares. Nas outras baladas como techno e rock não se dança a dois. “No Forró, o ambiente, a música e a dança são reconfortantes, um verdadeiro oásis de felicidade na cidade. Aqui posso vir sozinha, me sinto segura e sei que vou sair daqui recarregada de energias”, diz a Margiha que também vai em outras baladas com as amigas. “A energia aqui é diferente, nos outros lugares a pegada é outra, muita paquera, assédio, brigas, gente bêbada. É bom, é minha balada, mas toda semana eu tiro um dia pra vir no forró. É onde eu recarrego minhas energias”.

Voltando à pergunta sobre felicidade e onde você vai investir seu tempo para ser feliz e saudável, está na hora de você colocar na sua agenda, uma casa de Forró. Independente de seus outros objetivos, no Forró você terá momentos de felicidade instantânea. Aqueles 3 minutos dançando com um parceiro podem se tornar o começo da fonte de felicidade.

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