A energia e o acolhimento do Forró
Nati Militão, da escola Fuá Forró, fala como começou sua paixão pelo forró e como passou a dar aulas. Hoje ela comanda a escola Fuá Forró em São Paulo, uma das mais conceituadas em São Paulo
O primeiro contato com a dança de forró foi na faculdade, em 2010, quando estudava publicidade. A paixão foi imediata. Nati lembra que foi através de um aluno de administração que queria montar uma escola de dança e abriu uma turma/teste na faculdade. A paixão pelo Forró já vinha da época da adolescência ouvindo a banda Falamansa, mas até dançar forró era somente o dois para lá e dois para cá. No período do colégio já tinha praticado balé e a paixão pela dança já tinha despertado, Nati pretendia seguir com a dança, mas escolheu cursar publicidade, e atuou na área por algum tempo. Em 2020, a pandemia foi um divisor de água. Mesmo estudando e depois trabalhando durante o dia, a noite sempre dava aulas de forró. Desde aquela turma na faculdade que a levou a mergulhar no mundo do forró conhecendo outras bandas e trios e desenvolveu também suas habilidades para aprender e ensinar a dançar forró. “Para mim o Forró é completo, é dança, é música, energia e conexão. É um lugar muito acolhedor, algo que eu não senti em outros ritmos e lugares. É um ambiente único. Vai gente de terno, vai gente de chinelo. Uma mistura de pessoas de todas as classes, idades e personalidades. É um ambiente único, sem discriminação e isso o torna muito especial”. Nati lembra que o Forró é também uma mistura de estilos de vida, muita gente curte outros ritmos como rock, samba, MPB, mas que são apaixonados pelo forró. São várias tribos convivendo juntas e também, mesmo os mais avançados dançam com iniciantes. É um lugar para se divertir e para curtir. “Esse sentimento de acolhimento produz uma energia que acaba se reverberando no ambiente e isso é muito poderoso”. Essa é a energia que Nati Militão tenta reproduzir na Fuá Escola de Forró. Não é à toa que as turmas lá sempre estão cheias e é também uma escola que promove vários eventos entre os alunos. Militão lembra que dançar é também uma atividade física, mas mais importante que isso é o benefício mental. “Você se conecta com a música, você se conecta com o outro. E acaba dando uma escapada dos problemas do dia a dia. É uma verdadeira terapia e um lugar para se fazer amigos eternos”